quarta-feira, 26 de setembro de 2018

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sábado, 7 de abril de 2018

Download gratuito do 1º Capitulo do Livro - Inflamando Pensamentos Insurgentes No Gueto de Rodrigo Ktarse

Download gratuito do 1º Capitulo do Livro - Inflamando Pensamentos Insurgentes No Gueto de Rodrigo Ktarse

INFLAMANDO PENSAMENTOS INSURGENTES NO GUETO


                                                   
                                                               INTRODUÇÃO
   Normalmente, quando as pessoas estão tristesnão fazem nada. Limitam-se a chorar. Mas quando sua tristeza se converte em indignação, elas são capazes de fazer as coisas mudarem.   Malcolm X

   Meu potencial de rapper ativista é lapidado com a sabedoria das ruas, vivenciado cotidianamente aqui nas quebradas de Suzano, seja através do rap discursando com o microfone em punho em palcos improvisados nas quebradas, em rodas de conversa ou palestras em escolas, fundação casa, associação de bairro, ocupações autônomas, coletivos libertários, bibliotecas comunitárias, movimento dos sem teto, sem terra, movimento de luta contra o encarceramento em massa, movimentos contra o genocídio do povo preto periférico, e em todos os lugares de desobediência contra o sistema capitalista, meu potencial de rapper ativista é uma ferramenta de luta por um mundo justo e igualitário, onde a solidariedade, o repito mutuo, a horizontalidade, a combatividade contra todo tipo de opressão, sejam princípios morais e éticos de norteamento cultural, social, político e econômico para toda humanidade. Essa é a minha concepção filosófica e ideológica de emancipação para periferia, favela, gueto, cortiço, subúrbio, a todxs aquelxs que sobrevivem na margem da sociedade capitalista, exclusxs das condições mais básicas de sobrevivência e inclusxs a uma lógica violenta e perversa criada por uma elite branca racista, eurocêntrica, egoísta, avarenta, sociopata, genocida e gananciosa denominada como burguesia. Tem sido assim a conceituação e lapidação dos meus pensamentos, desde quando me municiei com "uma das armas mais poderosa do oprimido" OS LIVROS DE CONTEUDOS LIBERTARIOS ESCRITOS E DIFUNDIDOS POR MENTES REVOLUCIONARIAS. Comecei lendo muita biografia, autobiografia, textos e artigos como de Malcolm x, Che Guevara, Karl Marx, Nelson Mandela, Rosa Luxemburgo, Angelas Deveis... Depois passei a ler tudo que estava relacionado à luta política dos trabalhadores, muitos textos e artigos de filosofia libertaria, obras revolucionarias de Bakunin, Prudhon, Leon tostoy,... Livros que difundidos com temas de luta e resistência dos povos da América como os Zapatistas no México, o Sendero luminoso no Peru, Sandino da Nicarágua, luta dos povos nativos do continente americano como a incrível e ousada resistência de Tu Pac Amaru, vários livros de historiadores comprometidos com a historia dos vencidos da América que resistiram a opressão dos europeus, e dxs revolucionárixs quilombolas que insurgiram-se contra os latifundiários  opressores, que desde 1500 explora de forma predatória o território dos povos nativos, essa  PODEROSA ARMA DO OPRIMIDO “OS LIVROS” fez desse mano aqui, que hoje é companheiro de uma preta guerreira da periferia (MARIA) e pai de três crianças lindxs e maravilhosxs (MARIANA,  MARIA EDUARDA E MALCOLM EDUARDO)  que me ensinaram a verdadeira arte de amar. Hoje esse mano aqui, também é um eloqüente rapero subversivo, que faz de suas rimas um instrumento de luta dos oprimidxs, que faz de suas rimas um chamado aos marginalizadxs da sociedade, a vir fortalecer a marcha insurgente contra opressão do Estado, que faz da suas rimas chamas subversivas contra o capitalismo, que faz de suas rimas um vírus sonoro contra as religiões que manipula o povo humilde com promessas fantasiosas de um paraíso ilusório, que na real não passa de uma lógica de manipulação, alienação e dominação de lideres religiosos sociopatas gananciosos, que por cede de bens materiais e em busca de "exorbitantes lucros" estruturaram os templos de abobalhamento cerebral, esse mano aqui, que luta e apóia junto lado a lado xs guerreirxs das periferias, que fazem intervenções, manifestações, piquetes, que montam barricadas a favor da emancipação do oprimido, esse mano aqui, que luta contra a criminalização da pobreza, que luta contra o genocídio da população preta periférica, que luta contra a homofobia, que luta pelo direito ao aborto, que apóia integralmente a luta das feministas, que luta por reparação social e política ao povo da periferia, que luta pela educação de emancipação com base na pedagogia libertaria, que se articula com as quebradas, que mantém o respeito mutuo com os coletivos que constroem a militância com os de baixo, lado a lado e com horizontalidade.
Acordei de um pesadelo chamado alienação, agora sou livre para caminhar pelo jardim da sabedoria... DIRETAMENTE DA VILA FATIMA - FUNDÃO E GUETO DE SUZANO- RAPERO RODRIGO KTARSE, ENGAJADO NA LITERATURA INSURGENTE DO GUETO !!!

                                                                                    
1 - GUETO SUBVERSIVO

                                                                  “Vou que vou, rimando o caos e efeito
                                                                  O vírus sonoro a insurgência do gueto
                                                                               Articulado, rebelde favelado
                                                                      Analisando o front, passo a passo”


   SOMOS uma classe social desprivilegiada; VIVEMOS limitadas e segregadas em bairros precários, sem acesso a educação de qualidade, sem assistência de saúde decente; SOBREVIVEMOS no subemprego ou em empregos subalternos; SOMOS discriminados pela condição social, pela cor da pele; CARREGAMOS o estereotipo e estigma de bandidos, delinqüentes, criminosos, vagabundos, drogados e ignorantes. Assim é o GUETO essa é a realidade do GUETO.
   O GUETO também conhecido como FAVELA, PERIFERIA e SUBÚRBIO são espaços geográficos segregados por razões sociais, econômicas e políticas. Historicamente a CLASSE RICA ou BURGUESIA se apropriou da riqueza produzida pelo POVO DO GUETO, e com o poder aquisitivo em mãos, elevou seu poderio através da PILHAGEM e ESCRAVIDÃO dos POVOS DO CONTINENTE AMERICANO, DOS POVOS DO CONTINENTE AFRICANO, CAMPONESES e OPERÁRIOS EMPOBRECIDOS NOS CONTINENTES ASIÁTICO e EUROPEU. Com modelo GENOCIDA de compulsão avarenta por riqueza, os PLAYBOYS perpetuaram sua influencia na política, no sistema jurídico e no setor econômico, financiando políticos profissionais ou comprando juristas, para que os mesmo fizessem leis e contratos de servidão e opressão, ampliando deste modo o seu domínio ideológico para todas as esferas da sociedade.
   A BURGUESIA, empresários industriais, banqueiros e latifundiários do agronegócio, compõem a classe dominante do SISTEMA CAPITALISTA. O CAPITALISMO é um sistema econômico que valoriza o lucro, prioriza as mercadorias e descarta os seres humanos, deteriora o meio ambiente e a natureza. Suas leis e regras permitem uma classe (BURGUESES) dominar e explorar a outra (POVO DO GUETO) para obter LUCRO, ou seja, é a lei cruel, insana, atroz e injusta de exploração do ser humano pelo ser humano.
   Mas nem sempre os CAPITALISTAS PLAYBOYS BURGUESES conseguiram TRIUNFAR EM SUA GANANCIA e SEDE PELO LUCRO, os POVOS DO GUETO sempre LUTARAM e RESISTIRAM contra o GENOCÍDIO do OPRESSOR, através da SUBVERSÃO; essa forma natural de insubordinação dos oprimidos contra a ordem, as normas, as leis e as instituições opressivas do sistema de exploração.
  Especificamente aqui no continente americano, com a invasão dos europeus (a mais de 500 anos atrás) em territórios dos povos originários, a RESISTÊNCIA dos OPRIMIDOS sempre prevaleceu de forma COMBATIVA seja através de ataques a territórios ocupados pelos colonizadores, pelas fugas dos aldeamentos ‘missionários’ e de outros tipos de cativeiro, pela defesa das aldeias contra os Bandeirantes, por ataques a vilas e fazendas, bem como pelo suicídio quando presos, seja mantendo sua tradição alimentar, seu cultivo da terra, sua relação respeitosa e harmoniosa com a natureza, sua religiosidade, sua tradição comunitária, e sua tradição oral de contar as historias de seus antepassados.
  Na historia dos vencidos, as LUTAS SUBVERSIVAS que os livros e a historiografia tradicional não contam nos espaços escolares, tem o objeto de MANTER A PERIFERIA NA IGNORANCIA, ALIENADA E OBDIENTE. Os africanos que foram seqüestrados, brutalmente tirados de seu continente e transportados de forma atroz e desumana dentro dos porões dos navios negreiros no qual muitos morriam de forma cruenta, amontoados em compartimentos minúsculos dos navios, escuros e sem nenhum cuidado com a higiene, a fome, a sede, as doenças, a sujeira, muitos na agonia ainda vivos eram jogados ao mar, para ser comidos pelos tubarões, esse ato insano servia de divertimento para os perversos tripulantes brancos eurocêntricos. Os africanos ao chegarem ao continente americano eram vendidos e comercializados como mercadoria, separados do seu grupo lingüístico e cultural africano e misturados com outros de etnias diversas para que não pudessem se comunicar. Seu papel de agora em diante seria servir de mão-de-obra para os capitalistas exploradores senhores de escravo, fazendo tudo o que lhes ordenassem, sob pena de castigos violentos. Além de terem sido trazidos de sua terra natal, de não terem nenhum direito, os escravos tinham que conviver com a violência e a humilhação em seu dia-a-dia. Porem toda AÇÃO GERA UMA REAÇÃO, e sempre ouve rebeliões e resistência dos africanos emergindo por diversas vias, seja através dos de processos de LUTAS, FUGAS, REBELIOES, MOTINS, DESOBEDIENCIA CIVIL, RELIGIOSIDADE DE MATRIZ AFRICANA, MATANDO FETOS (FRUTO DO ESTRUPO COTIDIANO COMETIDO PELO SENHOR DE ESCRAVO), ENVENENAMENTO DO SENHOR DE ESCRAVO, QUEIMA DE PLANTAÇOES DE CANA DE AÇUCAR, PRATICA DO BANZO, RESISTENCIA, LUTA E NAS SOCIEDADES IGUALITARIAS DOS QUILOMBOS ESPALHDOS POR TODO TERRITORIO BRASILEIRO, enfim sempre ouve luta e resistência contra a escravidão, o racismo, a opressão e a  exploração.

   Os SUBVERSIVOS se insurgem de forma consciente contra o opressor, busca na AÇÃO DIRETA, na COMBATIVIDADE, na AUTONOMIA e na HORIZONTALIDADE uma mudança radical do sistema político, econômico e social hierárquico, autoritário, individualista, ganancioso e elitizado, que através de suas estruturas injustas, faz da vida do POVO DO GUETO uma verdadeira hecatombe humana. Por isso que todo MOVIMENTO de RUPTURA é uma busca constante de PAZ, JUSTIÇA, IGUALDADE E LIBERDADE, LUTA TOTALMENTE LEGITIMA, porem não devemos esquecer que; “SO HAVERÁ PAZ E HARMONIA SOCIAL QUANDO HOUVER UMA REPARAÇÃO SOCIAL, POLITICA E ECONOMICA AOS QUE HISTORICAMENETE  QUASE 400 ANOS FORAM ESCRAVIZADOS E QUE ATUALMENTE SOBREVIVEM EM GUETOS, FAVELAS, PERIFERIA, SUBURBIOS  E NAS RUAS EM CONDIÇOES DEGRADANTES E QUE AINDA SÃO EXPLORADOS E GENOCIDADOS PELO SISTEMA CAPITALISTA E SO HAVERÁ JUSTIÇA COM AÇÃO COLETIVA”

2 – PELO PÃO, PELA TERRA, PELA LIBERDADE.
                                                                    “A luta e resistência do povo movem montanhas
                                                                            “Relatos da autentica revolução mexicana”...

                                                                                             ... “Em 1919, mano !
                                                                 Zapata deixa o legado a todos latinos americanos”

     Acredito que um povo com AUTO-ESTIMA, que COMPREENDE com clareza sua REALIDADE, pode ao mesmo tempo TRANSFORMA-LA, e é na busca pelo conhecimento da HISTORIA DOS VENCIDOS - que politicamente as elites gananciosas e prepotentes detentores do poder econômico (que controla os governos) vêem omitindo e excluindo dos livros escolares A LUTA COMBATIVA DOS VENCIDOS – pois um povo com conhecimento histórico busca na sua razão reflexões do mundo e de sua própria vida, e também passa a compreender e entender as condições de nossa realidade, tendo em vista o delineamento de nossa atuação na sociedade e assim se aproxima cada vez mais da SABEDORIA. Na minha concepção a sabedoria tem o poder de despertar o POTENCIAL CRIATIVO NA PERIFERIA, possibilitando construir uma verdadeira HARMONIA SOCIAL. Por isso que a nossa identidade enquanto povos do gueto historicamente vêem sendo camuflada e deturpada pela ideologia do opressor, para que não possamos enxergar as engrenagens do sistema que nos domina e nos controla.  Somos um povo de legados grandiosos de LUTA e RESISTENCIA, dentre as incontáveis reações do oprimido contra o opressor, vou citar a REVOLUÇÃO MEXICANA no qual já descrevi numa letra de rap (PELO PÃO. PELA TERRA, PELA LIBERDADE), essa letra foi escrita após a leitura do livro “AS VEIAS ABERTAS DA AMERICA LATINA” DE EDUARDO GALEANO. Você que é do GUETO assim como eu, que estudou ou esta estudando em escola publica, dificilmente será incentivando a ler essa GENIAL OBRA LITERARIA, por isso faço dessa minha LITERATURA INSENDIARIA um espaço de reprodução de algumas partes do livro “AS VEIAS ABERTAS DA AMERICA LATINA” .... BOA LEITURA GUERREIROS E GUERREIRAS DO GUETO !!!!

                                                                       'Obediência' não pode ser o destino dos oprimidos!


“COMO PORCOS FAMINTOS, ANSEIAM PELO OURO”
     Com tiros de arcabuz, golpes de espada e sopros de peste, avançavam os implacá- veis e escassos conquistadores da América. É o que contam as vozes dos vencidos. Depois da matança de Cholula, Montezuma envia novos emissários ao encontro de Fernão Cortez, que avança rumo ao vale do México. Os enviados presenteiam os espanhóis com colares de ouro e bandeiras de penas de quetzal. Os espanhóis “deleitavam-se. Como se fossem macacos levantava o ouro, como que se encantassem gestos de prazer, como que se lhes renovasse e iluminasse o coração. Como que certo é que isso desejam com muita sede. Se lhes incha o corpo por isto. Como uns porcos famintos que anseiam pelo ouro”, diz o texto náhuatl, preservado no Códice Florentino. Mais adiante, quando Cortez chega Tenochtitlán, a esplêndida capital asteca de 300 mil habitantes, os espanhóis entram na casa do tesouro, “e logo fizeram uma grande bola de ouro, e puseram fogo, incendiaram, atearam fogo a tudo que restava, por mais valioso que fosse: com o que tudo ardeu. E em relação ao ouro, os espanhóis o reduziram a barras ...
  “ Houve guerra, e finalmente Cortez, que havia perdido Tenochtitlán, a reconquistou em 1521. “E já não tínhamos escudos, já não tínhamos bordunas, e nada tínhamos de que comer, já nada comíamos.” A cidade, devastada, incendiada e coberta de cadáveres, caiu. “Com os escudos foi seu resguardo, mas nem com escudos pôde ser sustentada sua solidão.” Fernão Cortez havia-se horrorizado ante os sacrifícios dos indígenas de Veracruz, que queimavam entranhas dos meninos para oferecer a fumaça aos deuses; todavia, não houve limites para sua própria crueldade na cidade reconquistada. “E toda a noite choveu sobre nós.” Mas a força e o tormento não foram suficientes: os tesouros arrebatados não Preenchiam nunca as exigências da imaginação, e durante muitos anos escavaram os espanhóis o fundo do lago do México em busca do ouro e dos objetos preciosos que os índios teriam escondido.
   Pedro de Alvarado e seus homens atiraram-se sobre a Guatemala e “eram tantos os índios que mataram, que se fez um rio de sangue, que vem a ser o Olimtepeque”, e também “o dia tornou-se vermelho pelo excesso de sangue que houve naquele dia”. Antes da batalha decisiva, “e visto que os índios atormentados disseram aos espanhóis que não os atormentassem mais, que ali havia muito ouro, prata, diamantes e esmeraldas que tinham os capitães Nehaib Ixquín, Nehaib feito águia e leão. E logo deram aos espanhóis e ficaram com eles ...”
   Antes de Francisco Pizarro degolar o inca Atahualpa e lhe cortar a cabeça, arrancou-lhe um resgate em “pilhas de ouro e de prata que pesavam mais de vinte mil marcos de prata fina, um milhão e trezentos e vinte e seis mil escudos de ouro finíssimo...” Depois lan- çou-se sobre Cuzco. Seus soldados acreditavam entrar na cidade dos césares, tão deslumbrante era a capital do império incaico, mas não demoraram em saquear o Templo do Sol: “Forcejando, lutando entre si, cada qual procurando levar a parte do leão do tesouro, os soldados, com camisa de malha, pisoteavam jóias e imagens, martelavam os utensílios de ouro para reduzi-los a um formato mais fácil e manejável... Atiravam-nos ao crisol, para convertê-lo em barras, todo o tesouro do templo: as placas que cobriam as paredes, as assombrosas árvores esculpidas, pássaros e outros objetos de jardim.”
  Hoje em dia, no zócalo, a imensa praça nua do centro da capital do México, a catedral católica se levanta sobre as ruínas do templo mais importante de Tenochtitlán, e o palácio do governo está situado sobre a residência de Cuauhtémoc, o chefe asteca martirizado e morto por Cortez. Tenochtitlán foi arrasada. Cuzco, no Peru, teve sorte semelhante, mas os conquistadores não puderam destruir de todo seus muros gigantescos, e hoje pode-se ver, ao pé dos edifícios coloniais, o testemunho de pedra da colossal arquitetura incaica.

ARTEMIO CRUZ E A SEGUNDA MORTE DE EMILIANO ZAPATA
   Exatamente um século depois do regulamento de terras de Artigas, Emiliano Zapata pôs em prática, em sua comarca revolucionaria do sul do México, uma profunda reforma agrária.
   Cinco anos antes, o ditador Porfirio Díaz havia celebrado, com grandes festas, o primeiro centenário do grito de Dolores: os cavalheiros de fraque, México oficial, olimpicamente ignoravam o México cuja miséria alimentava seus esplendores. Na república dos parias, as rendas dos trabalhadores não haviam aumentado num só centavo desde o histórico levante do cura Miguel Hidalgo. Em 1910, pouco mais de 800 latifundiários, muitos deles estrangeiros, possuíam quase todo o território nacional. Eram playboys de cidade, que viviam na capital ou na Europa e raramente visitavam as casas grandes de seus latifúndios, onde dormiam protegidos por altas muralhas de perra escura, sustentadas por robustos contrafortes. Do outro lado das muralhas, os peões se amontoavam em quartinhos de adobe. Doze milhões de pessoas dependiam, numa população total de 15 milhões, de salários rurais; as diárias se pagavam quase por inteiro nos pequenos armazéns das fazendas, traduzidas, a preços altíssimos, em feijões, farinha e cachaça. A cadeia, o quartel e a sacristia tinham a seu cargo a luta contra os defeitos naturais dos índios, os quais, no dizer de um membro de uma família ilustre da época, nasciam “frouxos, bêbados e ladrões”. A escravidão, amarrado o trabalhador por dívidas que se herdavam ou por contrato legal, era o sistema real de trabalho nas plantações de sisal de Yucatán, nas de tabaco do Valle Nacional, nos bosques de madeira e frutas de Chiapas e Tabasco e nas plantações de seringueira, café, cana-de-açúcar, tabaco e frutas de Veracruz, Oaxaca e Morelos. John Keneth Turner, escritor norte-americano, denunciou, num esplêndido testemunho de sua visita, que “os Estados Unidos converteram virtualmente Porfirio Díaz num vassalo político e, em conseqüência, transformou o México em uma colônia escrava”. Os capitais norte-americanos obtinham, direta ou indiretamente, suculentos lucros de sua associação com a ditadura. “A norte-americanização do México, da qual tanto se vangloria Wall Street - dizia Turner - está se executando como se fosse uma vingança.”
    Em 1845, os Estados Unidos tinham anexado os territórios mexicanos de Texas e Califórnia, onde restabeleceram a escravidão em nome da civilização. Na guerra, o México também perdeu os atuais estados norte-americanos de Colorado, Arizona, Novo México, Nevada, Utah. Mais da metade do país. O território usurpado eqüivalia à extensão atual da Argentina. “Coitado do México! - diz-se desde então - Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos.” O resto de seu território mutilado sofreu depois a invasão das inversões norte-americanas no cobre, no petróleo, na borracha, no açúcar, no banco e nos transportes. O American Cordage Trust, filial da Standard Oil, não estava em absoluto alheio ao extermínio dos índios maias e yaquis na plantações de sisal de Yucatán, campos de concentra- ção onde os homens e as crianças eram comprados e vendidos como mulas, porque esta era a empresa que comprava mais da metade do sisal produzido e convinha-lhe dispor de fibras a preço barato. Outras vezes, a exploração da mão-de-obra escrava era direta, como descobriu Turner. Um administrador norte-americano lhe contou que pagava os lotes de peões empregados a cinqüenta pesos por cabeça, “e os conservávamos enquanto durem... Em menos de três meses enterramos mais da metade”
   Em 1910, chegou a hora do desquite. México levantou-se em armas contra Porfirio Díaz. Um caudilho do campo encabeçou desde então a insurreição no sul: Emiliano Zapata, o mais puro dos líderes da revolução, o mais leal à causa dos pobres, o mais fervoroso em sua vontade de redenção social.
   As últimas décadas do século XIX tinham sido tempos de espoliação feroz para as comunidades agrárias de todo o México; os povoados e as aldeias de Morelos sofreram a febril caçada de terras, águas e braços que as plantações de cana-de-açúcar devoravam em sua expansão. As fazendas açucareiras dominavam a vida do Estado e sua prosperidade gerara engenhos modernos, grandes destilarias e ramais ferroviários para transportar o produto. Na comunidade de Anenecuilco, onde vivia Zapata e à qual pertencia de corpo e alma, os camponeses indígenas reivindicavam sete séculos de trabalho contínuo sobre o solo: estavam ali desde antes da chegada de Fernão Cortez. Os que se queixavam em voz alta marchavam para os campos de trabalhos forçados em Yucatán. Como em todo o Estado de Morelos, cujas terras boas estavam em mãos de 17 proprietários, os trabalhadores viviam muito pior do que os cavalos de pólo que os latifundiários mimavam em seus estábulos de luxo. Uma lei de 1909 determinou que novas terras fossem arrebatadas a seus legítimos donos e pôs fogo às já ardentes contradições sociais. Emiliano Zapata, o cavaleiro de poucas palavras, famoso porque era o melhor domador do estado e unanimemente respeitado por sua honestidade e sua coragem, fez-se guerrilheiro. “Grudados no rabo do cavalo do chefe Zapata”, os homens do sul formaram rapidamente um exército libertador
   Caiu Díaz, e Francisco Madero, nas ancas da Revolução, chegou ao poder. As promessas de reforma agrária não demoraram em dissolver-se numa névoa institucionalista. No dia de seu casamento, Zapata teve que interromper a festa: o governo tinha enviado as tropas do general Victoriano Huerta para esmagá-lo. O herói convertera-se em “bandido”, segundo os doutores da cidade. Em novembro de 1911, Zapata proclamou seu Plano de Ayala, ao mesmo tempo que anunciava: “Estou disposto a lutar contra tudo e contra todos.” O plano advertia que a “imensa maioria das gentes e cidadãos mexicanos não são mais donos senão do terreno que pisam” e propugnava pela nacionalização total dos bens dos inimigos da Revolução, a devolução a seus legítimos proprietários das terras usurpadas pela avalanche latifundiária e a expropriação da terça parte das terras dos fazendeiros restantes. O plano de Ayala converteu-se num ímã irresistível que atraía milhares e milhares de camponeses às fileiras do caudilho reformista. Zapata denunciava “a infame pretensão” de reduzir tudo a uma simples troca de pessoas no governo: a Revolução não era feita para isso.
  Cerca de dez anos durou a luta. Contra Díaz, contra Madero, logo contra Huerta, o assassino, e mais tarde contra Venustiano Carranza. O longo tempo da guerra foi também um período de intervenções norte-americanas contínuas: os marines tiveram a seu cargo dois desembarques e vários bombardeios, os agentes diplomáticos urdiram conjuras polí- ticas diversas e o embaixador Henry Lane Wilson organizou com êxito o crime do presidente Madero e seu vice. As mudanças sucessivas no poder não alteravam, em todo o caso, a fúria das agressões contra Zapata e suas forças, porque elas eram a expressão não mascarada da luta de classes no fundo da revolução nacional: era o perigo real. Os governos e os jornais bradavam contra “as hordas vandálicas” do general de Morelos. Poderosos exércitos foram enviados, um atrás do outro, contra Zapata.
   Os incêndios, as matanças, a devastação dos povoados, foram, vez por outra, inúteis. Homens, mulheres e crianças morriam fuzilados ou enforcados como “espias zapatistas” e às carnificinas seguiam os anúncios de vitória: a limpeza foi um êxito. Porém, pouco tempo depois voltavam a se acender as fogueiras nos moveis acampamentos revolucioná- rios das montanhas do sul. Em várias oportunidades, as forças de Zapata contra-atacavam com êxito até os subúrbios da capital. Depois da queda do regime de Huerta, Emiliano Zapata e Pancho Villa, o “Átila do Sul” e o “Centauro do Norte”, entraram na cidade do México como vencedores e fugazmente compartilharam o poder. Em fins de 1914, abriu-se um breve ciclo de paz que permitiu a Zapata pôr em prática, em Morelos, uma reforma agrária ainda mais radical do que a anunciada no Plano de AyaIa. O fundador do Partido Socialista e alguns militantes anarcosindicalistas influíram muito neste processo: radicalizaram a ideologia do líder do movimento, sem ferir suas raízes tradicionais, e lhe proporcionaram uma imprescindível capacidade de organização.
  A reforma agrária propunha-se a “destruir pela raiz e para sempre o injusto monopólio da terra para realizar um estado social que garanta plenamente o direito natural que todo homem tem sobre a extensão de terra necessária a sua própria subsistência e à de sua família”. Restituíam-se as torras, as comunidades e indivíduos despojados a partir da lei de desamortização de 1856, fixavam-se limites máximos aos terrenos segundo o clima e a qualidade natural, e declaravam-se propriedade nacional as fazendas dos inimigos da Revolução. Esta última disposição política tinha, como na reforma agrária de Artigas, um claro sentido econômico: os inimigos eram os latifundiários. Formaram-se escolas de técnicos, fábricas de ferramentas e um banco de crédito rural; nacionalizaram-se os engenhos e as destilarias, que se converteram em serviços públicos. Um sistema de democracias locais colocava nas mãos do povo as fontes do poder e a sustentação econômica. Nasciam e difundiam-se escolas zapatistas, organizavam-se juntas populares para a defesa e a promoção dos princípios revolucionários, uma democracia autêntica tomava forma. Os municípios eram unidades nucleares do governo e o povo elegia as autoridades, seus tribunais e sua polícia. Os chefes militares deviam submeter-se à vontade das populações civis organizadas. Não era a vontade dos burocratas e generais que impunha os sistemas de produção e de vida. A Revolução enlaçava-se com a tradição e operava “de conformidade com o costume e usos de cada povoado..., ou seja, que se determinado povoado pretende um sistema comunal assim será feito, e se outro povoado deseja o fracionamento da terra para reconhecer sua pequena propriedade, assim se fará”
   Na primavera de 1915, todos os campos de Morelos já estavam sendo cultivados, principalmente com milho e outros alimentos. A cidade do México padecia, enquanto isto, por falta de alimentos, a iminente ameaça de fome. Venustiano Carranza havia conquistado a presidência e ditou, por sua vez, uma reforma agrária, porém seus chefes não demoraram em apoderar-se desse benefício; em 1916, se lançaram sobre Cuernavaca, capital de Morelos, e as demais comarcas zapatistas. As culturas, que voltaram a dar frutos, os minerais, as peles e algumas maquinarias, foram um espólio excelente para os oficiais, que avançavam queimado tudo por onde passavam e proclamando, ao mesmo tempo, “uma obra de reconstrução e progresso”.
  Em 1919, um estratagema e uma traição terminaram com a vida de Emiliano Zapata. Mil homens emboscados descarregaram os fuzis sobre seu corpo. Morreu com a mesma idade de Che Guevara. Sobreviveu-lhe a lenda: o cavalo alazão que galopava só, rumo ao sul, pelas montanhas. Porém não só a lenda. Morelos inteira se dispôs a “consumar a obra do reformador, vingar o sangue do mártir e seguir o exemplo de herói”, e o país inteiro lhe fez eco. Passou o tempo, e com a presidência de Lázaro Cárdenas (1934-1940), as tradições zapatistas recobravam vida e vigor através da colocação em prática, por todo o México, da reforma agrária. Expropriaram-se, sobretudo sob seu período do governo, 67 milhões de hectares em poder de empresas estrangeiras ou nacionais e os camponeses receberam, além da terra, créditos, educação e meios de organização para o trabalho. A economia e a população do país tinham começado seu acelerado ascenso; multiplicou-se a produção agrícola, enquanto o país inteiro modernizava-se e industrializava-se. Cresceram as cidades e ampliou-se, em extensão e em profundidade, o mercado de consumo.
   Porém, o nacionalismo mexicano não derivou para o socialismo e, em conseqüência, como ocorreu em outros países que tampouco deram o salto decisivo, não realizou cabalmente seus objetivos de independência econômica e justiça social. Um milhão de mortos tinha tributado seu sangue, nos longos anos de revolução e guerra, “a um Huitzilopoxtli mais cruel, duro e insaciável do que aquele adorado por nossos antepassados: o desenvolvimento capitalista do México, nas condições impostas pela subordinação ao imperialismo”. Diversos estudiosos investigaram os sinais de deteriorização das velhas bandeiras. Edmundo Flores afirma, numa publicação oficial, que, “atualmente, 60% da população total do México tem uma renda menor de 120 dólares por ano e passa fome”. Oito milhões de mexicanos não consomem outra coisa além de feijão, tortas de milho e pimenta".O sistema não revela suas profundas contradições somente quando caem quinhentos estudantes mortos na matança de Tlatelolco. Recolhendo cifras oficiais, Alonso Aguiar chega à conclusão de que há no México uns dois milhões de camponeses sem terra, três milhões de crianças que não recebem educação, cerca de onze milhões de analfabetos e cinco milhões de pessoas descalças. A propriedade coletiva dos ejidatarios pulveriza-se continuamente, e com a multiplicação de minifúndios, que se auto-fragmentam, surgiu um latifundismo de novo cunho e uma nova burguesia agrícola dedicada à agricultura comercial em grande escala. Os donos de terra e os intermediários nacionais que conquistaram uma posição dominante, driblando o texto e o espírito das leis, são por sua vez dominados, e num livro recente são incluídos nos termos “and company” da empresa Anderson Clayton. No mesmo livro, o filho de Lázaro Cárdenas diz que “os latifúndios simulados constituíram-se nas terras de melhor qualidade, nas mais produtivas”.
   O romancista Carlos Fuentes reconstruiu, a partir da agonia, a vida de uma capitão do exército de Carranza que vai abrindo caminho, a tiros e com astúcia, tanto na guerra como na paz. Homem de origem muito humilde, Artemio Cruz vai deixando para trás, com a passagem dos anos, o idealismo e o heroísmo da juventude: usurpa terras, funda e multiplica empresas, faz-se deputado, sobe em sua brilhante carreira rumo aos cumes sociais, acumulando fortuna, poder e prestígio, com base nos negócios, subornos, especula- ção, grandes golpes de audácia e repressão a sangue e fogo da indiada. O processo do personagem parece o processo do partido que, grande impotência da Revolução mexicana, virtualmente monopoliza a vida política do país em nossos dias. Ambos caíram para cima.

                                                        “O medo nos governa. Essa é uma das
                                                         ferramentas de que se valem os poderosos,
                                                         a outra é a ignorância”

   Cada oprimido enclausurado em guetos corre em suas nas veias o sangue zapatista, pois no COMBATE CONTRA O SISTEMA e DESSE LADO DA TRINCHEIRA temos que fortalecer a união, respeito mutuo e solidariedade entre os oprimidos, temos que elevar a auto-estima do GUETO para que juntos, lado a lado possamos lutar e construir um POVO FORTE e EMANCIPADO!











3 – REFLEXÃO

                                                                                             “Como se fosse uma prisão do cérebro
                                                                                         Tipo uma epidemia que afeta o intelecto
                                                                             O homem moderno é refém da competitividade
                                                                                          Primata movido pelo instinto selvagem

                                                                             Realmente os poderosos são frios e calculistas
                                                                              Causam o genocídio em prol de sua ideologia”



     Com a mente alterada, mais não por substâncias alucinógenas, o sistema conseguiu injetar o ódio de classe em minhas veias. A mais cruel insana e sarcástica violência do sistema contra nos do gueto, é a violência psicologia, causadora de todas as psicoses no gueto. Drogas, criminalidade, prostituição, desemprego, alcoolismo, moradia precária, escola deteriorada, hospital em estado de calamidade, por toda quebrada esgoto a céu aberto, quebrada sem quadra esportiva, sem bibliotecas, sem centro de lazer, sem centros culturais, violência policial a todo instante, roubo, estupro, assassinatos, brigas por motivos banais e etc. Todo esse universo de maldade contra nos do gueto, todo esse ódio de classe foi sistematizado e articulado pelo opressor com o propósito de aniquilar e destruir a esperanças de uma vida melhor ao povo do gueto.

     Lembro que uma vez, estava passando próximo ao a um terreno baldio, local no qual os manos dispensavam as paradas inúteis da fitas que faziam nas casas dos playboys, e encontrei por acaso uma revista da forbes Brasil, comecei a ler aquele MANUAL DE APOLOGIA AO CRIME e a cada matéria que lia me deparava com a TENEBROSA, AVARENTA, ATROZ MENTALIDADE PSICOPATA DOS RICOS. De forma sarcástica os ricos ESNOBAVAM e OSTENTAVAM, LUXURIA e GANANCIA naquela porra de revista. Ali eu vi a grau de perversidade que os ricos fazem com nos do gueto, pois a quantidade de dinheiro gasto com mansões, iates, carros, viagens, restaurantes, clubes, shoppings, cinemas seria o suficiente para tirar o Brasil da miséria como num estralar de dedos. REFLITA COMIGO E VEJA POR QUE EU OS CONSIDERO COMO OS VERDADEIROS APOLOGICOS DO CRIME!

     A população de 1% mais rica do paíssegundo a Oxfam Brasil, concentrava 48% da riqueza gerada em 2016. Ao se considerar os 10% mais ricos do país, o grau de concentração da riqueza alcançava o valor de 74%. Por outro lado, a metade da população do país detinha menos de 3% dessa riqueza produzida.



   “Os seis brasileiros mais ricos concentram a mesma riqueza que os 100 milhões de brasileiros mais pobres”.

As mansões mais caras do Brasil:

Imóveis todos localizados na maior cidade brasileira, São Paulo, que ilustram a realidade das super-casas dos milionários e Bilionários.
Elas pertencem a empresários, banqueiros, políticos e personalidades do mundo de negócios.



1º: Edemar Ferreira
Mansão avaliada em R$ 160 milhões
Terreno:8.182 m2
Área Construída: 7.888 m2
A mansão de 5 andares tem heliporto, teto retrátil e banheiros com vidro de cristal líquido, transparentes até que o usuário acione um sistema que o deixe sem visibilidade externa.


2º: Mansão do Bilionário Joseph Safra (dono do banco safra) – Avaliada acima de R$ 100 milhões
A mansão tem mais de 100 cômodos, 9 elevadores e heliporto.
Terreno: 21.868 m2
Área construída: 10.868 m2

3º: Mansão de Jorge Yunes (dono da IBEP) - Avaliada em R$ 96 milhões
A mansão foi construída em 1931 e era conhecida como Mansão da Manchete.
Terreno: 7.230 m2
Área construída: 3.511 m2


4º: Abílio Dinis: Empresário, dono do grupo Pão de Açúcar
Mansão avaliada em R$ 50 milhões.
Terreno: 4030 m2
O empresário comprou o terreno ao lado da sua mansão e construiu uma piscina com raia e uma quadra de tênis.


5º Mansão de João Dória Jr (empresário e jornalista) – Avaliada em R$ 50 milhões
A mansão possui uma quadra de tênis e um campo de futebol.
Terreno: 7000 m2
Área construída: 3.511 m2



6º: Mansão de Washington Cinel: Empresário, presidente do grupo Cocil


7º: Mansão de Paulo Maluf - Avaliada em R$ 45 milhões

Temos que desnaturalizar a idéia de que toda essa opulência é normal e natural, os ricos estão cagando e andando para as mazelas sócias que há no gueto, toda essa  violência e esse contrate social  foi criada e é alimentada cotidianamente pela burguesia através de sua GANANCIA, então, toda forma de reação do gueto contra o sistema é legitima, seja por qualquer meio necessário, a verdade sempre estará do nosso lado. Minha escolha na luta e militância contra o sistema foi o RAP COMBATIVO e a LITERATURA INSENDIARIA, e de certa forma tento contribuir e incentivar o gueto a insurgir-se contra os ricos e seu sistema CAPITALISTA, pois temos o potencial de luta para reverter esse quadro social terrível que estamos inseridos.  Acabar com acumulação, a concentração de riquezas, propriedades e privilégios se faz URGENTE e NECESSARIO e só com AÇÃO COLETIVA DOS OPRIMIDOS SERA POSSIVEL, CONSTRUIR UMA VERDADEIRA JUSTIÇA SOCIAL.

“UM POUCO MAIS DE REFLEXÃO”!

     Uma sociedade verdadeiramente humana será uma sociedade onde não haverá miséria, ignorância e abandono - uma vergonha do passado, então inconcebível. Qualquer um que apresente qualquer argumento explicando a inviabilidade de uma sociedade assim, apenas me provoca um riso amargo. Não há produção suficiente de alimentos? Não existem conhecimentos, logística, condições de eliminar estas excrescências da face da terra? Ora, é claro que existem.
    O que acontece é que a acumulação, a concentração de riquezas, propriedades e privilégios precisa roubar direitos, mantendo populações em condições de barbárie, precisa de ignorância, desinformação, miséria e abandono pra seguir explorando populações e saqueando riquezas, moendo gente, destruindo potenciais e vidas, sujando e envenenando, tanto o planeta quanto as almas, as mentalidades, os comportamentos. Devemos a isso o estado de degradação social em que vivemos.
   Querer vencer na vida é sustentar isso. Competir é manter o modo de relacionamento social. Acreditar nas informações e "opiniões" dos veículos de comunicação é envenenar a mente e receber uma visão de mundo completamente distorcida. Querer o que é induzido pelo massacre publicitário em suas sutilezas sedutoras é o alimento do sistema social. Não ligar a violência e a criminalidade ao desequilíbrio social absurdo, à miséria, à pobreza e aos valores distorcidos pela publicidade e pela propaganda ideológica subliminar da mídia, acreditando que repressão e encarceramento são algum tipo de solução - ou mesmo contenção - pra situação de terror cotidiano, pros níveis de criminalidade, é ter a mente lavada, enxaguada, teleguiada, entorpecida e estupidificada.
   Pretender mudar um sistema que estimula a competição, o confronto e a disputa, confrontando, disputando e competindo - ainda mais dentro das instituições, infiltradas e dominadas pelos poderes econômicos - é de uma ingenuidade mais que inútil e incapaz. Acaba sendo a "prova" apontada pelos defensores deste sistema social criminoso de que a farsa política é realmente uma "democracia", alegando que não se poderia falar assim se não fosse uma democracia. Alegação mentirosa, obviamente. Pode-se falar como esses pretensos revolucionários falam porque eles não tem nenhum poder de mobilização popular, em seus condicionamentos de superioridade social, em seu doutrinarismo estéril, em sua arrogância e pretensão de liderar, organizar e conduzir as massas. Pensam que estão lutando por uma sociedade igualitária, mas estão é colaborando com essa estrutura desumana, ajudando a construir o cenário do teatro macabro. Se alcançassem humildade, perceberiam. Eu percebo que há muitos se tocando. O processo tem seu ritmo.
   Em cada um de nós há raízes dos condicionamentos sociais produzidos em laboratórios de pensamento bem pagos, contratados por um punhado de parasitas sociais podres de ricos - que não participam do caos que provocam cercados em suas fortalezas com muros eletrificados e exércitos bem armados de seguranças privadas. Estamos expostos a isso desde o útero materno e ingenuidade é pensar que nossa vontade é toda nossa como nossa visão de mundo, opiniões, sentimentos, desejos,... Esta percepção, a meu ver, é a primeira de todas. E o trabalho interno, o mais importante. A coletividade é formada por todos e cada um. Trabalhando em si mesmo, o trabalho se estende automaticamente ao coletivo, sem pretensões de ensinar, liderar ou conduzir.
4 – A ARMA DO OPRESSOR 
                                                                                           “Somos injustiçados cotidianamente
                                                                                    Mais o pior descaso é a prisão da mente
                                                                           Não seja mais um desinteressado pelos livros
                                                                             A arma do opressor é a mente do oprimido”

Reflita o significado de duas palavras do dicionário Aurélio;
   BRANCO; 1. Da cor da neve, do leite, do cal, alvo. 2. Diz- se das coisas que, não sendo brancas, tem cor mais clara que outras da mesma espécie. 3. Pálido, descorado. 4. Prateado, argentado. 5. Diz-se do individuo de raça branca. 6. A cor branca. 7. Homem de raça branca.
   NEGRO; 1. De cor preta. 2. Diz- se do individuo de raça negra; preto. 3. Sujo, encardido. 4. Sombrio. 5. Lúgubre. 6. Funesto. 7. Individuou de raça negra.  8. Escravo.

   O opressor tentar nos dominar de diversas formas, e sua principal arma de dominação é a ideologia racista que nos subjuga como povo inferior. Os PLAYBOYS, INIMIGOS HISTORICOS do POVO DO GUETO, com o aparato do Estado, com ajuda de vários setores da ciência e com o poder político e jurídico sobre seu domínio, conseguiu difundir pelo mundo a mentalidade de que os portadores de pele alva (os brancos) é uma raça naturalmente superior aos portadores de pele escura (os negros e os não-europeus). O RACISMO é uma ideologia que defende a hierarquia entre grupos humanos, classificando-os em raças inferiores e raças superiores. A ideologia racista serviu e serve como produto de expansão e da conquista terrorista, cruel e atroz dos europeus sobre o resto do mundo. A IDEOLOGIA RACIAL serve como pseudo-justificativa dos europeus e da elite branca (espalhada pelo mundo) para EXPLORAR O POVO DO GUETO, SUBJUGADOS DEMAGOGICAMENTE COMO “POVOS DIFERENTES” O INTUITO DA IDEOLOGIA RACIAL TAMBEM SERVE PARA MANTER ASSEGURADO O FUNCIONAMENTO DAS ESTRUTURAS DO SISTEMA CAPITALISTA. O OPRESSOR INCULCOU E CRISTALIZOU NA MENTE DO OPRIMIDO A “NATURALIZAÇÃO DE RAÇA SUPERIOR E RAÇA INFERIOR”, PARA QUE OS PRIVILEGIOS DE CLASSE PERMANEÇAM COMO ALGO NATURAL, POIS ASSIM, AS DESIGUALDADES SOCIAS, POLITICAS E ECONOMICAS NUNCA SEJAM SUPERADAS.  Com base nessa ideologia os capitalistas asseguraram seu sistema de dominação no qual pilharam fortunas, adquiriram lucros exorbitantes e acumularam capital, riquezas e bens materiais na base da COLONIZAÇÃO TERRITORIAL E CULTURAL, DOMINAÇÃO MILITAR, EXTERMINIO, GENOCIDIO, MATANÇA, MORTICINIO e da COLONIZAÇÃO TERRITORIAL dos povos africanos, dos povos asiáticos e dos povos americanos. A ideologia racista deixou de legado para o continente da Europa e para E.U.A o titulo ideológico de países de primeiro mundo, desenvolvidos, civilizados e avançados. A ideologia racista deixou de legado para o povo do gueto o estigma ideológico de países de terceiro mundo, subdesenvolvidos, incivilizados e atrasados. 
   A dependência econômica, a subordinação e subserviência política, a dominação militar, a colonização cultural e social do IMPERIALISMO EUROPEU E NORTE-AMERICANO sobre os PAISES SUBDESENVOLVIDOS esta relacionado diretamente com a ideologia do racismo, pois O RACISMO REFORÇA A IDEOLOGIA ESTIGMATIZADORA DE QUE OS POVOS SUBDESENVOLVIDOS (O POVO DO GUETO) TÊM CARACTERISTICAS INATAS INFERIORES e automaticamente são propícios a serem PREGUISOSOS, INDOLENTES, MALANDROS, CAPRICHOSOS, SENSUAIS E INCAPAZES DE RACIOCINAR. Enquanto as superpotências imperialistas (países desenvolvidos) por se acharem seres superiores, dominaram e espalharam ideologicamente pelo mundo, a idéia de que traz na sua “GENETICA” O EMPREENDEDORISMO, A DISCIPLINA E A INTELIGENCIA. E por se acharem superiores, os imperialistas europeus e norte-americanos, teriam o direito natural de explorar os inferiores, e assim vão justificando o domínio colonial, político, econômico, cultural, militar e a exploração dos recursos naturais e a exploração da mão de obra sobre os países de terceiro mundo. As desvantagens sociais, políticas, econômicas ou culturais também passam a ser atribuída a desigualdade inata entre os seres humanos. O termo “INATO ou NATURAL”, tão presente no discurso dos racistas, já diz tudo, segundo eles, determinados grupos nascem com características que os habilitam apenas para serem dominados e explorados.
   Ai quebrada e todo povo do gueto, na minha concepção, temos que romper com mentalidade colonizada pela ideologia do opressor, temos que aprofundar a reflexão social, política, econômica e cultural DESSA MERDA DE SOCIEDADE RACISTA, DESIGUAL, INJUSTA, EXPLORADORA E PERPETUADORA DE PRIVILEIGIOS. A reflexão SOCIOLOGICA, HISTORICA E FILOSOFICA APARTIR DO PONTO DE VISTA DOS VENCIDOS é uma ferramenta que nos traz a luz e clareza de idéias que nos possibilita entender que as diferenças e desigualdades entre os homens não são naturais, elas são construídas socialmente e precisam ser contextualizadas em termos de tempo e espaço.  A ideologia racial, assim como as demais mazelas sociais são construções históricas e apenas com o olhar na história é possível compreende-las.
AI POVO DO GUETO LEMBRE-SE SEMPRE QUE “A ARMA MAIS PODEROSA NAS MÃOS DO OPRESSOR É A MENTE DO OPRIMIDO”.
   Os seres humanos sempre viveram em comunidade, essencialmente para sobrevivência dos indivíduos e das famílias, contra as ameaças de outros humanos e das forças da natureza. Os restos deixados pelos nossos ancestrais levaram os cientistas a acreditar que as comunidades primitivas mantinham alto grau de igualdade social . Entretanto, depois de dezenas de milhares de anos vivendo igualmente, algumas comunidades começaram a apresentar diferenças sociais. Por passarem a apresentar diferenças de riqueza e poder. Em estágios mais primitivos da vida humana, todos os bens eram divididos de forma justa, comum e igualitariamente entre os membros da comunidade, dando-se a todos a participação nos frutos do trabalho de todos. Entretanto, com o passar do tempo, um pequeno grupo (elite, oligarquia, dirigentes, lideres religiosos etc.) autodenominou-se como os mais capazes e provenientes da comunidade, através da força ideológica ou física impuseram suas vontades sobre todo o grupo, quando mais fortes, reservaram-se para si propriedades privadas cercando e policiando os lugares em que era mais fácil a obtenção de alimentos, e passaram a se apropriar e armazenar de uma parte da riqueza produzida pela comunidade. Dessa forma acumularam certa quantidade de bens de que todos necessitavam e, chegando períodos de escassez, os outros não tiveram outra saída senão subordinar-se a eles, reconhecendo-os como chefes e satisfazendo suas AVARENTAS e GANANCIOSAS VONTADES INDIVIDUALISTAS tornado-se assim A CLASSE PRIVELIGIDA E EXPLORADORA DOS DEMAIS MENBROS DA COMUNIDADE, CRIARAM O ESTADO E TRANSFORMARAM A SOCIEDADE EM ESTRUTURAS E INSTITUIÇÕES HIERARQUICAS E DIVIDIDA EM CLASES SOCIAS. A organização do trabalho coletivo começou a separar o trabalho intelectual do trabalho manual. Com o passar dos tempos, os playboys “especialistas intelectuais” adquiriram poderes maiores. Aos poucos, o conhecimento deixou de ser compartilhado pela comunidade e passou a ser privilegio de algumas oligárquicas famílias dos playboys cuzão. É claro que os demais membros da comunidade (povo do gueto) continuaram a raciocinando, mas foram perdendo o direito de decidir a vida na comunidade. O PODER DE PLANEJAR E DECIDIR A VIDA DA COMUNIDADE COMEÇOU A SE TORNAR UM PRIVILEGIO E PROPRIEDADE DE UNS POUCOS, OU SEJA, DA ARISTOCRACIA OU NOBREZA OU SE PREFERIREM PALYBOYS CUZÃO. 
   Num certo momento, em algumas comunidades, o aumento da população tinha sido a causa e o efeito de grandes obras como construção de canais de irrigação, açudes, portos e estradas, as grandes obras publicas precisaram mais o que uns lideres; passaram a exigir uma organização mais complexa, capaz de convocar pessoas para o trabalho, organizar um exercito, fazer as porras das leis e cobrar a desgraça dos impostos. ESSA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ARTICULADA PELOS PLAYBOYS ARISTOCRATAS ERA O ESTADO. O Estado serviu ( e serve até hoje) como um instrumento de dominação dos ricos sobre os pobres. As famílias aristocratas que ocupavam os postos de comando do Estado passaram a gozar de privilégios, tinham casas melhores, comiam melhor, não trabalhavam no pesado. Essas famílias poderosas eram consideradas nobres, ou seja, é como que se fossem melhores que os outros. 
   As guerras puderam ser um instrumento de enriquecimento de algumas sociedades. O povo derrotado tinha que pagar tributos aos vencedores. Ou seja, devia entregar parte do que produzia (comida, tecidos, objetos) e trabalhar para os seus novos senhores. Algumas vezes, os derrotados tinham que trabalhar e viver integralmente em favor dos vencedores, ou seja, tinham se transformado em escravos.
   E se as aldeias se recusassem a pagar tributos ao Estado? E se os povos dominados desobedecessem? E se os escravos se rebelassem? O Estado se valia das leis e da força do Exercito. Os historiadores já descobriram vestígios de grandes revoltas sociais há milhares de anos. Algumas vezes, elas dissolveram o Estado. Outras vezes, o exercito comandado pelos nobres, esmagava os rebeldes. Portanto, o estado tinha se tornado uma arma de domínio de classe da aristocracia.


   O legado do Estado, das sociedades de privilégios com estruturas e instituições hierárquicas e divididas em classes sociais.
O termo TRABALHO vem do vocabulário latino TRIPALLIUM, que significa INSTRUMENTO DE TORTURA, e por muito tempo esteve associado à idéia de atividade penosa e torturante.   Na Grécia antiga, a elite aristocrática grega tinha o privilegio de usufruir das artes, da política, do treinamento militar, das ciências e da filosofia. Outra parte, uma enorme legião de não-gregos, tidos como bárbaros, suava a camisa no trabalho pesado, sendo usados como mão-de-obra escrava.  Como justificar tal sociedade baseado na escravidão?
   Dois gregos notáveis apresentaram explicações para “justificar” um sistema essencialmente injusto.
  Segundo Aristóteles, havia homens que, por natureza, estavam predestinados a serem livres e a comandar, e outros a serem escravos, a serem comandados. Para Aristóteles, escravos, camponeses e negociantes não poderiam ter uma vida "feliz", quer dizer, ao mesmo tempo próspera e cheia de nobreza: podem-no somente aqueles que têm os meios de organizar a própria existência e fixar para si mesmos um objetivo ideal. Apenas esses homens ociosos correspondem moralmente ao ideal humano e merecem serem cidadãos por inteiro: "A perfeição do cidadão não qualifica o homem livre, mas só aquele que é isento das tarefas necessárias das quais se incumbem servos, artesãos e operários não especializados; estes últimos não serão cidadão se a constituição conceder os cargos públicos à virtude e ao mérito, pois não se pode praticar a virtude levando-se uma vida de operário ou de trabalhados braçal". Aristóteles não quer dizer que um pobre não tenha meios ou oportunidades de praticar certas virtudes, mas, sim, que a pobreza é um defeito, uma espécie de vício.
   Também Plantão registrou suas impressões a respeito do assunto. No quinto livro da republica, ele afirmou: “A nossos jovens mais valentes e melhores, alem de outras honras e recompensas, será permitida maior variedade de uniões, porque pais dessa natureza deverão ter o maior numero de filhos possíveis” e uma cidade benfeita seria aquela na qual os cidadãos fossem alimentados pelo trabalho rural de seus escravos deixassem os ofícios para a gentalha: a vida "virtuosa", de um homem de qualidade, deve ser "ociosa".
                                             
   Século depois, essa idéia de diferenças naturais entre os homens ressurgiu na Europa. Em 1859, o biólogo Charles Darwin publicou sua famosa obra A origem das espécies, na qual, a partir de estudos realizados em plantas e animais, desenvolveu a teoria da seleção natural. Segundo ela, na natureza sobrevivem e dominam as espécies fortes. Existiriam, portanto, espécimes fortes e espécies fracas.
   Com base nos estudos darwinianos, realizados em animais e vegetais-, pensadores como o Frances Joseph Auguste de Gobineau, o alemão Richard Wagner e o inglês Houston Stewart Chamberlain, utilizaram a teorias de seleção natural, dentre outros argumentos, para tentar explicar a sociedade humana. Eles concluíram então que alguns grupos humanos eram fortes e outros fracos. Os fortes teriam herdado certas características que os tornavam superiores e os autorizavam a comandar e explorar outros povos.
   Por sua vez, os fracos teriam outras características que os tornavam naturalmente inferiores e, portanto, predestinados a ser comandados.
   Desse modo, diferenças de tipo físico passaram a ser utilizadas para classificar seres humanos. Passaram a ser relacionadas a diferenças intelectuais e morais, dando origem a idéia de raça.
   É interessante notar que os próprios europeus se subdividem em subgrupos com diversas culturas e inclusive com alguns tipos de diferenças físicas, como alpinos, os nórdicos, os eslavos, os mediterrâneos e os latinos. Tais diferenças, contudo, não ocupam a atenção dos inventores do racismo. A eles interessavam tão somente as diferenças entre europeus brancos e não-europeus. Baseados nessas idéias, em 1908, o inglês Francisco Dalton fundou, em Londres, a Sociedade de Educação Eugênica, visando defender a manutenção da pureza das raças, a chamada eugenia. Para ele, impunha-se a necessidade de a raça branca manter-se pura, evitando a mistura.
   Tempos depois, dois outros homens, que se tornaram tristemente famosos, também defenderam teses sobre o assunto; Alfredo Rosenberg, que em 1930 publicou o Mito do século XX, e Adolf Hitler, que em 1934 publicou A Minha luta (Mein Kampf).  Entre os resultados práticos, dessas idéias de raças superiores e raças inferiores esta o extermínio de 6 milhões de judeus pelos alemães nazista, alguns anos depois.
   No Brasil a elite e o governo tiveram explicitamente comprometidos em grande escala com a ideologia eugenia.  No velho estilo brasileiro de acreditar cegamente que SE É IMPORTANTE É BOM, as teorias raciais chegaram da Europa ao Brasil atrasadas. Porem fizeram enorme sucesso, mesmo quando na Europa já começavam a ser criticadas.
   INTELECTUIAS, MEDICOS, ADVOGADOS, POLIICOS BRASILEIROS SE ENTUSIASMAM COM A IDEIA DE QUE A RAÇA BRANCA ERA SUPERIOR. No entanto, as teorias raciais trouxeram consigo um problema serio para o Brasil. A ELEITE BRASILEIRA DESEJAVA APRESENTAR O BRASIL COMO UM PAÍS BRANCO, IGUALZINHO Á EUROPA. Mas como explicar que o Brasil era majoritariamente negro (nesta época, 1872 o censo indicava que 55% da população era negras) que enriqueceu com o trabalho escravo? RESPOSTA; COM POLITICAS EUGENISTA DE BRANQUEMENTE DA NAÇÃO BARSILEIRA!
    Igualmente se preocupavam com essas questões os deputados da então assembléia legislativa da província de São Paulo (e as de outros estados): como construir um projeto de nação “respeitável” num país com tantos negros? Era necessário inventar outro Brasil, um país branco. Os cientistas e os políticos de então resolveram trazer muitos imigrantes europeus para cá, estimular a miscigenação, para a população ir branqueando, branqueando... Dali a algumas décadas, o país seria branco. Talvez então a elite brasileira da época dissesse justamente ao mundo que um país poderia se desenvolver muito com uma população diversificada.
Lilia Schwarz nos mostra como os cientistas brasileiros daquela época não tinham recursos intelectuais para debater com os europeus, então repetiam afirmações que não combinavam com a realidade do nosso país.
   Ela revela em seu livro que nossos cientistas eram muitos “criativos”, embora a criatividades tivesse origem duvidosa. Os intelectuais brasileiros eram imitativos no pensamento e não tinham espírito critico, escreviam estudiosos americanos, daquela época, ao observar a maneira como o Brasil absorvia as teorias racistas da Europa.

    Os europeus que o Brasil queria
    Seja como for, a partir de 1869, nas Assembléias Legislativas de todo o país, começaram a ocorrer acalorados discursos que exaltavam a Mão - de - obra européia como ideal para substituir o trabalhador escravo e o liberto.
Iniciava-se, então, a campanha imigrantista, que tinha dois objetivos:
1 - Valorizar o imigrante branco;
2 - Convencer a elite do país de que o progresso só viria se fossem importados imigrantes brancos.
    Célia Azevedo, uma estudiosa desse período da nossa historia, mostra que, nos anos seguintes, a Assembléia recebeu vários projetos nos quais eram avaliados “tipos” idéias de trabalhadores. Asiáticos, chineses, africanos foram considerados inferiores ou incapazes.
    O deputado Bento de Paula Souza, por exemplo, não queria nem africanos, nem chineses: ”Não são, por exemplo, africanos novos que se quer trazer, não são coolies, chineses, raça já abatida e velha que pode inocular vícios de uma civilização estragada, ao contrário, é uma nação vigorosa que tem uma civilização sua, uma política toda do país, e que era um acerto se adotássemos”.
   “Na mesma linha, o “nobre” deputado Paulo Souza, discursava:” Nós queremos os americanos como paulistas novos, como paulista adotivo, homens prestimosos, que escolham a província como sua nova pátria, e queremos os alemães como trabalhadores, como homens produtivos, e que venham aqui habitar. “Tanto uns como outros, os receberemos com o mesmo entusiasmo”.
    Intelectuais e filhos de fazendeiros que haviam estudado na Europa não esconderam sua simpatia pelas idéias racistas em moda no continente europeu. A conclusão era cristalina: a nação teria de ser formada com o “sangue superior” dos europeus.

   Ai mano e mina do gueto se ligaram como se formulou e se estruturou o racismo na sociedade brasileira? Esse foi apenas um resumo que fiz de alguns livros que li sobre esse tema e tal, porem você que é do gueto, sua obrigação é REVOLTAR-SE, INDIGNAR-SE, INSURGIR-SE e REBELAR-SE contra essa ideologia opressora dos playboys cuzão. Pois se hoje a população negra são maioria no CARCERE, NAS FAVELAS, MORANDO NAS RUAS, NA PROSTITUIÇÃO, NO DESEMPREGO, SOFRENDO VIOLENCIA POLICIAL E SENDO EXTERMINADA E GENOCIDADA PELO ESTADO BRASILEIRO TUDO ISSO SE CHAMA RACISMO.
   Espero que essa introdução que escrevi ai sobre o racismo desperte em você que é do gueto, O POTENCIAL REVOLUCIONARIO QUILOMBOLA. 

   SEGUE ABAIXO REFLEXÃO SOBRE CONCIENCIA NEGRA.
A definição da Consciência Negra – Por: Steve Biko
Redigido provavelmente em dezembro de 1971, este escrito destinava-se a um curso de treinamento para lideranças da SASO, incluído aqui como um exemplo do que Steve dizia aos membros de sua própria organização, portanto do que brotava do cerne de sua própria experiência e da deles.
Escrevo o que eu quero.
A definição da Consciência Negra
Em nosso manifesto político definimos os negros como aqueles que, por lei ou tradição, são discriminados política, econômica e socialmente como um grupo na sociedade sul-africana e que se identificam como uma unidade na luta pela realização de suas aspirações. Tal definição manifesta para nós alguns pontos:
1- Ser negro não é uma questão de pigmentação, mas o reflexo de uma atitude mental;
2- Pela mera descrição de si mesmo como negro, já se começa a trilhar o caminho rumo à emancipação, já se esta comprometido com a luta contra todas as forças que procuram usar a negritude como um rótulo que determina subserviência.
A partir dessas observações, portanto, vemos que a expressão negro não é necessariamente abrangente, ou seja, o fato de sermos todos não brancos não significa necessariamente que todos somos negros. Existem pessoas não brancas e continuarão a existir ainda por muito tempo. Se alguém aspira ser branco, mas sua pigmentação o impede, então esse alguém é um não branco. Qualquer pessoa que chame um homem branco de “Baas” (“Senhor”, na língua africâner. Tratamento que os brancos exigem dos negros. N.T.), qualquer um que sirva na força policial ou nas Forças de Segurança é, ipso facto, um não branco. Os negros – os negros verdadeiros – são os que conseguem manter a cabeça erguida em desafio, em vez de entregar voluntariamente sua alma ao branco.
Assim, numa breve definição, a Consciência Negra é, em essência, a percepção pelo homem negro da necessidade de juntar forças com seus irmãos em torno da causa de sua atuação – a negritude de sua pele – e de agir como um grupo, a fim de se libertarem das correntes que os prendem em uma servidão perpétua. Procura provar que é mentira considerar o negro uma aberração do “normal”, que é ser branco. É a manifestação de uma nova percepção de que, ao procurar fugir de si mesmos e imitar o branco, os negros estão insultando a inteligência de quem os criou negros. Portanto, a Consciência Negra toma conhecimento de que o plano de Deus deliberadamente criou o negro, negro. Procura infundir na comunidade negra um novo orgulho de si mesma, de seus esforços, seus sistemas de valores, sua cultura, religião e maneira de ver a vida.
A inter-relação entre a consciência do ser e o programa de emancipação é deimportância primordial. Os negros não mais procuram reformar o sistema, porque isso implica aceitar os pontos principais sobre os quais o sistema foi construído. Os negros se acham mobilizados para transformar o sistema inteiro e fazer dele o que quiserem. Um empreendimento dessa importância só pode ser realizado numa atmosfera em que as pessoas estejam convencidas da verdade inerente à sua condição. Portanto, a libertação tem importância básica no conceito de consciência Negra, pois não podemos ter consciência do que somos e ao mesmo tempo permanecermos em cativeiro. Queremos atingir o ser almejado, um ser livre.
O movimento em direção à Consciência Negra é um fenômeno que vem se manifestando em todo o chamado Terceiro Mundo. Não há dúvidas de que a discriminação contra o negro em todo o planeta tem origem na atitude de exploração, por parte do homem branco. Através da História, a colonização de países brancos pelos brancos resultou, na pior das hipóteses, numa simples fusão cultural ou geográfica, ou, na melhor, no abastardamento da linguagem. É verdade que a história das nações mais fracas é moldada pelas nações maiores, mas em nenhum lugar do mundo atual vemos brancos explorando brancos numa escala ainda que remotamente semelhante ao que ocorre na África do Sul. Por isso somos forçados a concluir que a exploração dos negros não é uma coincidência. Foi um plano deliberado que culminou no fato de até mesmo os chamados países independentes negros não terem atingido uma independência real.
Com esse contexto em mente, temos de acreditar então que essa é uma questão de possuir ou não possuir, em que os brancos foram deliberadamente determinados como os que possuem, e os negros os que não possuem. Entre os brancos na África do Sul, por exemplo, não existe nenhum trabalhador no sentido clássico, pois até mesmo o trabalhador branco mais oprimido tem muito a perder se o sistema for mudado. No trabalho, várias leis o protegem de uma competição por parte da maioria. Ele tem o direito de voto e o utiliza para eleger o governo nacionalista, uma vez que os considera os únicos que, por meio das leis de reserva de empregos, se esforçam em cuidar de seus interesses contra uma competição por parte dos “nativos”.
Devemos então aceitar que uma análise de nossa situação em termos da cor das pessoas desde logo leva em conta o determinante único da ação política – isto é, a cor – ao mesmo tempo que descreve, com justiça, os negros como os únicos trabalhadores reais na África do Sul. Essa análise elimina de imediato todas as sugestões de que algum dia pode haver um relacionamento efetivo entre os verdadeiros trabalhadores, ou seja, os negros, e os trabalhadores brancos privilegiados, já que mostramos que estes últimos são os maiores sustentáculos do sistema. Na verdade o governo permitiu que se desenvolvesse entre os brancos uma atitude anti-negro tão perigosa que ser negro é considerado quase um pecado, e por isso os brancos pobres – que economicamente são os que estão mais próximos dos negros – assumiram uma postura extremamente reacionária em relação a eles, demonstrando a distância existente entre os dois grupos. Assim, o sentimento antinegro mais forte se encontra entre os brancos muito pobres, a quem a teoria de classes convoca para se unirem aos negros na luta pela emancipação. É esse tipo de lógica tortuosa que a abordagem da Consciência Negra procura erradicar.
Para a abordagem da Consciência Negra, reconhecemos a existência de uma força principal na África do Sul. Trata-se do racismo branco. Essa é a única força contra a qual todos nós temos de lutar. Ela opera com uma abrangência enervante, manifestando-se tanto na ofensiva quanto em nossa defesa. Até hoje seu maior aliado vem sendo nossa recusa em nos reunirmos em grupo, como negros, pois nos disseram que essa atitude é racista. Desse modo, enquanto nos perdemos cada vez mais num mundo incolor, com uma amorfa humanidade comum, os brancos encontram prazer e segurança em fortalecer o racismo branco e explorar ainda mais a mente e o corpo da massa de negros que não suspeitam de nada. Os seus agentes se encontram sempre entre nós, dizendo que é imoral nos fecharmos num casulo, que a resposta para nosso problema é o diálogo e que a existência do racismo branco em alguns setores é uma infelicidade, mas precisamos compreender que as coisas estão mudando. Na realidade esses são os piores racistas, porque se recusam a admitir nossa capacidade de saber o que queremos. Suas intenções são óbvias: desejam fazer o papel do barômetro pelo qual o resto da sociedade branca pode medir os sentimentos do mundo negro. Esse é o aspecto que nos faz acreditar na abrangência do poder branco, porque ele não só nos provoca, como também controla nossa resposta a essa provocação. Devemos prestar muita atenção neste ponto, pois muitas vezes passa despercebido para os que acreditam na existência de uns poucos brancos bons. Certamente há uns poucos brancos bons, do mesmo modo que há uns poucos negros maus.
Mas o que nos interessa no momento são atitudes grupais e a política grupal. A exceção não faz com que a regra seja mentirosa – apenas a confirma.
Portanto, a análise global, baseada na teoria hegeliana do materialismo dialético, é a seguinte: uma vez que a tese é um racismo branco, só pode haver uma antítese válida, isto é, uma sólida unidade negra para contrabalançar a situação. Se a África do Sul deve se tornar um país em que brancos e negros vivam juntos em harmonia, sem medo da exploração por parte de um desses grupos, esse equilíbrio só acontecerá quando os dois opositores conseguirem interagir e produzir uma síntese viável de idéias e um modus vivendi. Nunca podemos empreender nenhuma luta sem oferecer uma contrapartida forte às raças brancas que permeiam nossa sociedade de modo tão efetivo.
Precisamos eliminar de imediato a idéia de que a Consciência Negra é apenas uma metodologia ou um meio para se conseguir um fim. O que a consciência Negra procura fazer é produzir, como resultado final do processo, pessoas negras de verdade que não se considerem meros apêndices da sociedade branca. Essa verdade não pode ser revogada. Não precisamos pedir desculpas por isso, porque é verdade que os sistemas brancos vêm produzindo em todo mundo grande número de indivíduos sem consciência de que também são gente. Nossa fidelidade aos valores que estabelecemos para nós mesmo também não pode ser revogada, pois sempre será mentira aceitar que os valores brancos são necessariamente os melhores. Chegar a uma síntese só é possível com a participação na política de poder. Num dado momento, alguém terá que aceitar a verdade, e aqui acreditamos que nós é que temos a verdade.
No caso de os negros adotarem a Consciência Negra, o assunto que preocupa principalmente os iniciados é o futuro da África do Sul. O que faremos quando atingirmos nossa consciência? Será que nos propomos a chutar os brancos para fora do país? Eu pessoalmente acredito que deveríamos procurar as respostas a essas perguntas no Manifesto Político da SASO e em nossa análise da situação da África do Sul. Já definimos o que para nós significa uma integração real, e a própria existência de tal definição é um exemplo de nosso ponto de vista. De qualquer modo, nos preocupamos mais com o que acontece agora que com o que acontecerá no futuro. O futuro sempre será resultado dos acontecimentos presentes.
Não se pode subestimar a importância da solidariedade dos negros com relação aos vários segmentos da comunidade negra. No passado houve muitas insinuações de que uma unidade entre negros não era viável porque eles se desprezam um ao outro. Os mestiços desprezam os africanos porque, pela proximidade com esses últimos, podem perder a oportunidade de serem assimilados pelo mundo branco. Os africanos desprezam os mestiços e os indianos por várias razões. Os indianos não só desprezam os africanos mas, em muitos caso, também os exploram em situações de trabalho e de comércio. Todos esses estereótipos provocam uma enorme desconfiança entre os grupos negros.
O que se deve ter sempre em mente é que:
1. Somos todos oprimidos pelo mesmo sistema;
2. Ser oprimidos em graus diferentes faz parte de um propósito deliberado para nos dividir não apenas socialmente, mas também com relação às nossas aspirações;
3. Pelo motivo citado acima, é preciso que haja uma desconfiança em relação aos planos do inimigo e, se estamos igualmente comprometidos com o problema da emancipação, faz parte de nossa obrigação chamar a atenção dos negros para esse propósito deliberado;
4. Devemos continuar com nosso programa, chamando para ele somente as pessoas comprometidas e não as que se preocupam apenas em garantir uma distribuição eqüitativa dos grupos em nossas fileiras. Esse é um jogo comum entre os liberais. O único critério que deve governar toda nossa ação é o compromisso.
Outras preocupações da Consciência Negra dizem respeito às falsas imagens que temos de nós quanto aos aspectos culturais, educacionais, religiosos e econômicos. Não devemos subestimar essa questão. Sempre existe uma interação entre a história de um povo, ou seja, seu passado, e a fé em si mesmo e a esperança em seu futuro. Temos consciência do terrível papel desempenhado por nossa educação e nossa religião, que criaram entre nós uma falsa compreensão de nós mesmos. Por isso precisamos desenvolver esquemas não apenas para corrigir essa falha, como também para sermos nossas próprias autoridades, em vez de esperar que os outros nos interpretem. Os brancos só podem nos enxergar a partir de fora e, por isso, nunca conseguirão extrair e analisar o etos da comunidade negra. Assim, e para resumir, peço a esta assembléia que procure o Manifesto Político da SASO, que apresenta os pontos principais da Consciência Negra. Quero enfatizar novamente que temos de saber com muita nitidez o que queremos dizer com certas expressões e qual o nosso entendimento quando falamos de Consciência Negra.
“A Definição da Consciência Negra”, escrito por Bantu Steve Biko, em dezembro de 1971.





                                                                                             
5 –  A GUERRA INTERMINAVEL CONTRA A VIDA DO POVO DO GUETO
                                                                                                                                           Campo de guerra
                                                                                                                                    Diretamente do front
                                                                                                                                              Visão periférica

O gasto do governo brasileiro com armamentos e todo aparato policial, nos coloca no ranking entre os 10 países que mais investe em equipamentos de guerra como materiais bélicos, explosivos e munições. A policia brasileira é a mais violenta do mundo, a que mais mata jovens pretos e periféricos, a que mais causa pânico e medo na população, a que mais tortura e aterroriza a população pobre. O INVESTIMENTO EM VIOLENCIA PELO ESTADO E PELOS CAPITALISTAS É  DEMOSNTRAÇÃO EXPLICITA DE EXTERMINIO E GENOCIDIO DO POVO DO GUETO.  

Abram os lhos da hipnose maquinada pelo sistema POVO DO GUE TO, pois existe uma guerra interminável contra a vida dos que residem nas quebradas, e a tal ORDEM e PAZ SOCIAL imposta de cima para baixo, são elementos de dominação e controle social dos ricos sobre os pobres.


6 - SABEDORIA
                                                                                                    Psicologia das ruas, hip hop alternativo
                                                                                     A molecada da quebrada precisa de incentivo
                                                                                                           Cultura, lazer, acesso a livros
                                                                                                       Atitude e proceder é o caminho
A PALAVRA COMO POTENCIA EMANCIPADORA!

Autoestima, Autoconhecimento, Autovalorização, Autodeterminação, Respeito Mutuo, Atitude, Proceder, Revolução, Emancipação, Luta, Amizade, Solidariedade, Horizontalidade, Igualdade, Pluralidade, Combatividade, Insurgência, Subversão, Caos, Desordem, Desobediência, Rebeldia, Consciência Critica, Filosofia das Ruas, Indignação, Emancipação, Autogestão, Diálogos, Mandar Obedecendo, Responsabilidade, Compromisso, Educação Emancipadora, Pedagogia Libertadora,   Anti-opressão, Anti-capitalismo, Anti-machismo, Anti-racismo, Anti-autoritarismo, Poesia, Arte Combativa, Carinho, Abraços, Beijos, Orgasmo, Inconformismo, Lazer, Cultura, Rap, Punk, Funk, Hip Hop, Sertanejo de Raiz, Repente, Embolada, Samba do Morro, Jass, Blues, Reggae, Salsa, Tango, Coco de Roda, Musica Andina, Che Guevara, Malcolm x, Ângela Davis, Rosa Parks, Martin Luther king, Nelson Mandela, Zumbi dos Palmares, Maria Carolina de Jesus, Dandara, Stive Biko, Frantz Fanon, Pepetela, Jose Saramago, Paulo freire, Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Mano Cakis, Escritor Sacolinha, Renan inquérito, Ferrez, Gog, Eduardo Taddeo, Jose Poeta e Palhaço, Atitude Feminina, Dina Di Visão de Rua, Ktarse, Tim Maia, Raul Seixas, Renato Russo, Elis Regina, Belchior, Pablo Neruda, lampião e Maria bonita, Rap Combativo,  Ktarse, Estúdio Seiva, Literatura Marginal Periférica, Sarau Combativo, Pensar o Novo, Mano Chao, Mercedes Sousa, EZLN, Liberdade a Todxs Presxs Políticos, Socialismo, Anarquismo, Comunismo, Povos Originários, Povos Nativos, África, Ásia, Oriente Médio, America Latina.  APROPRIAR-SE DAS PALAVRAS E CONCEITOS É UMA FORMA CONTUNDENTE DE AMPLIAR NOSSA VISÃO DE MUNDO, CONHECIMENTO É PODER, O PODER DO CONHECIMENTO TRANSFORMADO EM SABEDORIA, SERVE PARA POTENCIALIZAR A REVOLUÇÃO EM NOSSA FAMILIA, NOSSA QUEBRADA, NOSSO PAIS E NOSSO MUNDO, LUTAR POR UM MUNDO ONDE CAIBAM MUITOS MUNDOS .... SABEDORIA !!!

“O livro é a melhor invenção do homem”
Carolina Maria de Jesus